Sophie Matthews-Paul
Sophie Matthews-Paul

Não passaram assim tantos anos desde a altura em que o mercado de impressão de grandes formatos continuava numa fase experimental e não podia ser considerado um adversário sério para produção em ambientes comerciais. Desde esses primeiros dias, os avanços tecnológicos têm sido rápidos, chegando agora ao ponto em que a solução digital se tornou no formato preferido para muitas aplicações de exposição. A fiabilidade na construção da máquina acompanhou a contínua evolução das cabeças de impressão e das tintas, resultando em plataformas que produzem resultados consistentes e adequados para os fins a que se destinam; atualmente, é raro encontrar uma gráfica envolvida em trabalhos de grandes formatos e que não ofereça a capacidade de jato de tinta incluída na lista de equipamento das suas instalações.
Não obstante a significativa expansão dos sistemas de impressão digital entre os produtores de expositores, as empresas de serigrafia, os produtores de sinaléticas e, cada vez mais, o setor da litografia offset, a verdade é que as metodologias de produção analógica não desapareceram por completo. Onde os grandes formatos conseguiram bons resultados, complementados por avanços conseguidos no software associado e nos materiais disponíveis, foi na oferta de versatilidade e flexibilidade a todos os segmentos industriais onde a revolução digital abriu as portas a produções de baixos volumes, trabalhos isolados, criações de versões e dados variáveis. A estes critérios podem ser acrescentados os benefícios ambientais através de um processo que não recorre a químicos tradicionais, para além de uma redução no volume de desperdícios e os benefícios das encomendas dentro do prazo e a pedido por parte das marcas e dos clientes finais.

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BENEFÍCIOS PRÁTICOS DA PRODUÇÃO DIGITAL

De uma perspetiva prática, a produção de jato de tinta de grande formato traz consigo os benefícios de prazos de entrega mais rápidos, melhores ambientes de produção, logística simplificada, bem como fluxos de trabalho integrais mais eficientes. Além disso, nesta combinação foram tidas em conta considerações económicas e ao nível da redução de stock, sendo que estas ajudaram a colocar em destaque os processos de jato de tinta.
Por conseguinte, durante as últimas duas décadas assistiu-se a uma mudança significativa na forma como são produzidas as aplicações que se inserem no âmbito do grande formato. Isto fez com que os motores de impressão digital, normalmente com tamanhos entre 1,0 m e 5 m, se tornassem em máquinas especiais no mercado generalizado. Nesse período de tempo, os fabricantes testemunharam uma metamorfose nos requisitos do cliente, com as presentes considerações relativas a um dispositivo de impressão a tornarem-se mais diversas e ecléticas em muitos ambientes.
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NICHOS DE MERCADO E MERCADOS ESPECÍFICOS

Enquanto continua o crescimento na impressão de grande formato, é evidente que os utilizadores das máquinas não estão só a servir os requisitos do mercado convencional, mas também a mudar-se para novas áreas de nicho e específicas, onde a tecnologia digital pode realizar trabalhos que anteriormente não eram viáveis. A capacidade de fazer experiências com o jato de tinta e diferentes materiais é simplificada pelos rápidos tempos de preparação e de mudança, a facilidade do processo de préimpressão e a viabilidade de produção de trabalhos isolados ou de volumes muito baixos.
Adicionalmente, os prestadores de serviços de impressão enfrentam desafios, não só resultantes da concorrência gerada pelas outras partes a negociarem no mesmo setor de mercado mas também de novos investidores na tecnologia digital. Os elementos mais recentes que optaram por assumir um segmento de nicho ou mais específico, em vez de simplesmente adotarem as operações comuns, evitam e inevitável corrida para ganhar encomendas numa arena onde a rivalidade pode, muitas vezes, basear-se no preço.
Contudo, o crescimento na procura de dispositivos de produção de jato de tinta de grande formato continua em todo o espetro digital, impulsionado pelo desejo de maior qualidade, de tempos de produção mais rápidos e da necessidade de fiabilidade.
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VELOCIDADE VERSUS VERSATILIDADE

Será a velocidade essencial para os atuais utilizadores de impressoras de grande formato? A resposta a esta importante questão difere consoante o modelo de negócio e o tipo de procura. A versatilidade continua a ser vital para os benefícios produtivos do jato de tinta e a diversificação pode, muitas vezes, revelar-se o elemento essencial que resulta em melhores margens e numa maior rentabilidade. Por isso, o fluxo de trabalho efetivo é tão importante como as taxas de produção de um dispositivo de impressão em particular, e o investimento deverá ser quantificado comparativamente aos volumes diários esperados, à diversidade e à variabilidade do trabalho.
Mike Horsten, Diretor Geral de Marketing EMEA na Mimaki, afirma: “Acredito que a diversidade na oferta é a chave do sucesso. No global, a gráfica que produz um único tipo de trabalho de impressão já não existe. A oferta de um conjunto diversificado de produtos de impressão está a tornar a loja única numa realidade.”
A flexibilidade não está unicamente dependente da criatividade do produtos de expositores ou da loja de sinalética. É incentivada pelas tecnologias que foram desenvolvidas para minimizar os períodos de paragem durante as mudanças do trabalho e a capacidade de produzir aplicações que estão certas logo à primeira. Todos os minutos desperdiçados quando uma máquina está parada afetam a rentabilidade geral de uma empresa, e as atuais melhorias aos dispositivos certamente reconhecem estes princípios quando se trata de funcionalidade e desempenho.
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VANTAGENS DO FLUXO DE TRABALHO INTEGRAL

Os avanços não se limitam ao design e à construção do motor de impressão; cada vez mais importante é o benefício de um fluxo de trabalho integral eficiente, para além da integração com serviços subsequentes que ajudam à contabilidade, como os acabamentos simplificados nos ambientes de impressão para corte, o MIS/ERP e a conformidade JDF.
Ken Hanulec, VP da EFI, Soluções de jato de tinta na EFI, confirma: “É relativamente óbvio fazer o cálculo de quanto uma empresa pode aumentar a sua produção e os seus lucros através da impressão de mais trabalho numa impressora maior e mais rápida. Mas é demasiado fácil para as empresas ignorarem as formas como também podem conseguir melhores resultados com um melhor fluxo de trabalho. Por isso, é definitivamente uma forma de conseguir uma vantagem competitiva que deve ser reconhecida.”
Com dispositivos de impressão de grande formato em todos os níveis a proporcionarem uma produção vital para uma gama cada vez maior de aplicações finais, continua a aumentar a relevância da eficiência. “O nosso suporte ao fluxo de trabalho constitui a força motriz por trás da eficiência das nossas impressoras,” insiste Barrow. “Temos uma colaboração próxima com os nossos parceiros de software para garantir a elevada eficiência do fluxo de trabalho para a interface da impressora.”

ACERTAR LOGO À PRIMEIRA

Paul Adriaensen da Agfa reforça a relevância de um bom fluxo de trabalho nas atuais operações de impressão: “Uma boa produção significa que a máquina consegue o produto certo logo à primeira e de forma continuada, trabalho após trabalho. O fluxo de trabalho automatiza a entrada do ficheiro e o processamento de dados, a gestão da cor, a impressora e as definições de acabamento, para evitar atrasos durante todo o processo de produção.”