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Sem os acabamentos não há bom produto impresso

Por: EMG

Os trabalhos de pós-impressão conferem a cartões, folhetos, catálogos, livros e muitos outros produtos sua funcionalidade, atratividade e valor diferencial.

Um caderno para fazer anotações, uma caixa de papelão para guardar um objeto, um convite para um casamento, um pôster pendurado na parede de qualquer ambiente, um cardápio de restaurante, os livros que podemos encontrar em uma estante… Todos esses objetos impressos tão comuns no nosso dia a dia, não chegariam às nossas mãos se não tivessem primeiro passado por diferentes processos que lhes dão forma, tamanho, imagem e toque final. Trata-se dos acabamentos ou pós-impressão, a etapa final dentro da indústria gráfica para que os produtos impressos cheguem até nós. E é precisamente nesta fase que estes produtos adquirem um valor diferenciador graças aos múltiplos processos existentes: Laminação, envernizamento, corte por matriz, encadernação, dobragem, cintagem…

Algumas necessidades que ainda se mantêm apesar do aumento da digitalização e que se refletem no facto de brochuras, catálogos, cartões, impressos, vouchers ou etiquetas continuarem a ser elementos de uso quotidiano na nossa sociedade.

Um mundo de possibilidades

As funções fornecidas pelos acabamentos de impressão são muitas; desde dar mais destaque ao produto aplicando um verniz em relevo até conseguir uma maior proteção do material com um laminado. Seja qual for a escolha, sem dúvida significa dar valor agregado e identificação ao produto. Em outras palavras, diferenciá-lo em um mercado concorrido e dar-lhe uma identificação muito valiosa para as marcas.

Por isso, as equipes de design de produtos e embalagens ‘jogam’ com as múltiplas possibilidades oferecidas pelos acabamentos para atrair o consumidor, aproveitando dois sentidos tão poderosos quanto a visão e o tato.

Justamente, a embalagem é outro bom exemplo para observar como o trabalho de pós-impressão nos ajuda a ter produtos mais atrativos e funcionais. As caixas ganharam novas formas graças a desenhos mais complexos de corte e dobra, e sua decoração joga com novos brilhos e texturas proporcionados por acabamentos como o envernizamento seletivo UV Spot ou os novos filmes para laminação. De facto, como refere Miquel Gimeno do Instituto de Formación Profesional Antoni Algueró, a embalagem tem adquirido um papel preponderante na indústria gráfica: Estamos num processo de reinvenção e isso mostra-se com a forte procura nos processos relacionados com embalagens ou rótulos.

A embalagem expõe o que os acabamentos impressos podem fazer para tornar um produto mais atraente e diferenciá-lo dos demais.

Proteger, embelezar, impactar

Como comentamos, os acabamentos fornecem a forma final ao produto impresso final para dar-lhe a funcionalidade desejada. Alguns processos como laminação ou plastificação têm uma história industrial muito extensa e poderosa. Com ele, você obtém um material impresso mais rígido, durável e também mais agradável à vista e ao tato. Por isso, existem muitos produtos laminados que podemos usar todos os dias: um menu de restaurante, a capa de um livro de bolso, um postal ou o cartão de uma caixa de perfume…

Além de proteger, a laminação também permite dar um certo efeito visual graças aos diferentes tipos de películas existentes. Se usarmos um filme brilhante, conseguiremos que a superfície de uma impressão reflita a luz e chame a atenção, enquanto um filme fosco evita esse reflexo, dando ao acabamento um estilo sóbrio e elegante. Pode-se até dar uma certa textura aveludada com películas especiais como Velour, que podemos encontrar, por exemplo, nos casos de inúmeros produtos de luxo.

No processo de laminação mais comum, o filme é fixado ao material impresso por meio de calor, adesivo e pressão. Uma tecnologia com uma gama de equipamentos adaptados para diferentes volumes de produção. Um tipo de acabamento também cada vez mais procurado, pois dá um toque sofisticado e permite destacar algum elemento do design, como as letras ou o logotipo. Aliás, quem nunca viu uma linha, um nome ou uma ilustração impressa em uma caixa de perfume ou na embalagem de um flash de produto gourmet?

Trabalho de corte e estampagem

O corte é outro dos processos de acabamento de impressão mais comuns. Como o próprio nome indica, este processo consiste em cortar os produtos no tamanho e formato desejados, seja um cartão de visita, um convite, uma etiqueta, um postal, uma folha de papel, um cartaz…

Tradicionalmente, a máquina que mais identifica para este trabalho é a guilhotina, mas agora o corte também permite ser muito criativo. Foi fomentado pelo desenvolvimento de equipamentos como as mesas de corte digitais, que não necessitam de uma matriz física, mas sim de um cabeçote móvel que contém as ferramentas de corte que se movem pela chapa, fazendo a forma previamente programada. . um sistema ma que pela sua agilidade se adapta muito bem à forma de trabalhar cada vez mais difundida no sector das artes gráficas e que se caracteriza por tiragens mais curtas, mais personalizadas e rapidez de entrega.

A versatilidade nos trabalhos de corte também se reflete nos equipamentos multifuncionais, capazes de cortar, vincar e perfurar cartões, postais ou brochuras numa única passagem. Com grande automação e tamanho compacto, essas máquinas têm presença cada vez maior, tanto em oficinas quanto em gráficas comerciais.

A arte de encadernar

A encadernação é outro dos trabalhos de pós-impressão com maior tradição. Embora os e-books tenham se espalhado com a digitalização da sociedade, é difícil para a leitura em formato digital transmitir as mesmas sensações de ter um livro físico em mãos. E é que os leitores também valorizam elementos tão associados a um livro como a qualidade de sua encadernação ou o desenho de sua capa.

Precisamente, a longa tradição de encadernação levou à coexistência de diferentes métodos. A escolha do mais adequado dependerá da funcionalidade da obra. Por exemplo, uma das mais comuns é a encadernação rústica fresada ou “capa mole”, que podemos observar na maioria das vezes quando pegamos um livro de bolso, em que a capa (frente e contracapa) é colada na lombada. Se falamos de brochuras, revistas ou catálogos, é comum que optem por encadernação agrafada rápida e barata. Mas se quiser dar mais proteção e duração, pode optar pela encadernação costurada.

Com a costura, as páginas, agrupadas em livretos ou páginas espelhadas, são costuradas com linha antes de serem coladas na capa do livro. É um processo que podemos ver em todos os tipos de trabalho: Novelas, manuais, edições especiais… São duas vantagens: Maior resistência e o toque elegante e de qualidade que transmite.

As opções no campo de encadernação são múltiplas. Desde o costurado, que dá uma resistência extra, ao rústico ou fresado, muito comum em carteiras de bolso. Existe ainda a encadernação agrafada, muito útil para brochuras ou catálogos.

Rumo à automação e versatilidade

A evolução das máquinas para a indústria gráfica e de acabamento responde à necessidade de adaptação às novas tendências do setor, bem como aos gostos dos consumidores. Estas avançam para tiragens mais curtas e personalizadas, facto que desencadeia outra necessidade das empresas: Ter equipamentos atualizados que possam dar resposta a este tipo de encomenda.

Outro aspecto que preocupa as empresas e que impulsiona justamente a necessidade de equipamentos automatizados é a falta de operadores especializados.

Mas que tipo de operadores procuram as oficinas de impressão e acabamento? Não se trata mais de ter pessoal altamente especializado em um tipo de máquina ou processo, mas de operadores capazes de realizar diferentes trabalhos, amparados pela maior automatização dos equipamentos.

O valor da diferenciação

Se antes mencionamos trabalhos como laminação, corte ou encadernação, outro dos processos característicos da pós-impressão são os processos de embelezamento. Graças à evolução da tecnologia e dos materiais, existem cada vez mais processos para valorizar os impressos e dar-lhes um toque diferenciador. É o caso do chamado envernizamento seletivo.

Trata-se de criar um grande efeito de relevo para uma determinada área do impresso, destacando elementos importantes como o nome, o logotipo ou certas linhas do desenho. Sem dúvida, um diferencial na hora de se destacar nas lotadas prateleiras de um supermercado ou livraria, onde um livro com o título da capa em relevo é o primeiro ponto de atenção do potencial comprador.

Com o envernizamento UV Spot consegue-se uma impressão texturizada em cartões de visita, convites ou catálogos ou caixas para diversos objectos. É uma ótima forma de dar um toque único e elegante, pois surpreende não só o olhar, mas também o toque.

O efeito brilhante e em relevo dado pelo verniz UV Spot leva o material impresso a outra dimensão.

Podemos constatar o grande efeito que este verniz UV Spot gofrado produz em nós quando recebemos um produto impresso que pretende causar uma boa impressão no destinatário, seja um cartão de visita ou um postal de felicitações. Também na embalagem de produtos selecionados, como a caixa de um perfume ou um produto alimentício gourmet.

Um investimento que compensa

Não há dúvida de que os acabamentos de impressão são básicos dentro da indústria gráfica, gerando muitas vantagens para o produto impresso, tanto funcionalmente quanto nas sensações que transmite. Permitem diferenciar e personalizar o produto, conferindo-lhe valor acrescentado. Ignorar essas tarefas ao planejar a produção de catálogos, brochuras, cartões postais ou caixinhas é um erro. Além disso, ele A evolução da tecnologia e dos materiais permite realizar muitos tipos de acabamentos criativos, e a crescente automação das máquinas multiplica as possibilidades das oficinas, mesmo as menores, para oferecer aos clientes vários tipos de processos.  Aproveitá-la significa, em muitos casos, alcançar o que qualquer produto busca: deixar uma sensação positiva e duradoura em quem o recebe.

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