Nos últimos tempos, o problema de papéis e papelão com grande quantidade de branqueadores ópticos (Optical Brigthness Agents – OBA) é muito comum.
Os branqueadores óticos, também chamados de branqueadores óticos, agentes fluorescentes ou agentes de branqueamento, são um tipo de corante em papéis que tem a capacidade de aumentar o brilho.
Essas substâncias atuam em duas regiões principais do espectro eletromagnético da luz: o ultravioleta e o azul. Em si, o que os branqueadores ópticos fazem é absorver a luz que está na região do ultravioleta para reemitê-la em direção à região do azul, em torno de 430 nm a 460 nanômetros (nm) do espectro de luz quase invisível ao olho humano.
Enquanto os olhos veem esse efeito como um brilho azulado branco, um instrumento de medição vê isso como uma forma diferente de azul. Em discussões com os maquinistas, eles mencionaram os altos valores espectrais em azul causados pelos OBAs nos formulários, tanto que é difícil controlar corretamente o processo de quadricromia, especificamente mantendo o CIE ab ∆E dentro das tolerâncias da ISO 12647 padrão.
Pior ainda: apenas em alguns casos o maquinista recebe um aviso na ordem de serviço sobre o número de OBAs no papel de produção. Assim, é necessário saber primeiro – antes de imprimir – quando se trata de substratos com grande quantidade de branqueadores ópticos, a fim de se preparar para reproduzir corretamente o processo quadricromático nos diferentes sistemas de impressão.
Típicos são papéis revestidos brancos fortes (menos camadas de estuque, mas com OBAs), portanto, é um substrato mais barato, muito procurado justamente nestes tempos de falta de liquidez e papéis sulfite reciclados baratos para obter um substrato mais branco. Existem várias possibilidades para determinar o número de OBAs por testes visuais ou por medição.
1.- Determinação visual de OBAs com LUZ UV ou LUZ NEGRA: Um teste visual simples é realizado usando lâmpadas UV fluorescentes ou de luz negra. Com essas lâmpadas é possível predeterminar a quantidade de OBA que cada substrato contém. É feita uma comparação visual. As lâmpadas de luz negra são a forma mais barata de verificar visualmente o papel ou papelão revestido a ser impresso e, portanto, ter os cuidados necessários para imprimir corretamente o processo quadricromático.
2.- Determinação da quantidade de OBAs por meio de medição espectral: Um método mais quantitativo e mais preciso para determinar a quantidade de OBA em um papel branco é por meio de um espectrofotômetro medindo o valor espectral CIE Lab do substrato. Quanto maior o valor negativo do “b” da medição espectral, maior será a quantidade de OBA no substrato.
Por exemplo, se a medida do papel branco retornar um valor de L 97, a 1, – b 1, então ela tem nenhum ou muito pouco OBA. Se o valor da medição for L 97, a 0, – b 10 (quantidade alta), então o seu instrumento está coletando a fluorescência do OBA, o que lhe dá um alto valor negativo de b.
3.- Espectrofotômetros de última geração: Vários instrumentos de última geração podem medir o componente da luz UV, bem como excluir os UV. Por exemplo, existem instrumentos de medição manuais como o X-Rite Exacto Advanced, o Konica Minolta Myiro-1, o Techkon Spectrodens Premium, mas também a última geração de instrumentos espectrais com varredura automática. Esses instrumentos têm a vantagem de compensar a quantidade de luz UV que é reemitida no espectro azul e, assim, garantir uma medição correta durante a impressão do processo de impressão em quatro cores.
Cuidado – o maquinista tentará compensar com instrumentos da velha geração por meio do amarelo os altos valores de azul porque o CIE -b e, portanto, o CIE ∆E do azul serão muito altos. Mas, dessa forma, distorcerá a reprodução correta do processo de quatro cores.
4.- medir substratos com OBA: Se for detectado em uma impressora por meio de testes visuais simples que está sendo usado papel l com uma grande quantidade de OBA é absolutamente necessário ter a nova geração de instrumentos de medição espectral com com os modos de medição M0 a M3 para garantir o controle correto da quantidade de azul no processo.
5.- Perfis ICC genéricos: Também é importante ter os perfis ICC genéricos corretos, por exemplo do FOGRA (nº 39 e 47 sem OBAs – nº 51 e 52 com OBAs) para compensar o efeito dos OBAs e realizar um teste de cor ou softproof já corrigido.