As matérias primas sufocam o setor de pinturas e tintas de imprimir
Em 2018 a situação não somente não foi solucionada, como que se agravou com o incremento de uma demanda mundial que não encontra reação por sua parte na oferta.
No Oriente e nos Estados Unidos, se incrementa a demanda de matérias- primas, deixando de estar portanto, disponíveis para sua chegada na Europa. Tudo isso, num momento em que os armazéns dispõem de poucas reservas. China, que se converteu em um grande fornecedor, está mudando sua política meio-ambiental e de segurança o que a leva a fechar fábricas de produtos químicos que não eram muito exigentes. Os episódios de alta contaminação que se veem na televisão é uma evidência do problema. Da China provém, por exemplo, uma parte importante do dióxido de titânio consumido na Europa.O petróleo também incrementa seus preços, contrariando o que vinha sendo afirmado de que não superaria os 60 dólares. O petróleo teve alta de 25% em 2017.
Mas não são somente os produtos relacionados com o petróleo que estão em alta, também outros como os pigmentos metais, embalagens, aditivos e resinas.
Os fabricantes tem visto o custo de sua matéria- prima crescer uma média de 10% em 2017, com alguns produtos estratégicos , como o dióxido de titânio com aumento de 33%. Os solventes com altas de 20%.
Os grandes resultados que estão obtendo os fornecedores de matérias primas em suas contas anuais, que já superam os 15% de 2017, podem provocar o sufocamento de seus clientes, que tem grandes dificuldades em repassar seus custos a um mercado que, como se ocorre na Espanha e em outros países do sul da Europa, não cresce e não absorve os novos custos. Esta situação é especialmente evidente no segmento da decoração e da construção.
As matérias primas sufocam o setor de pinturas e tintas de imprimirCom isto, se faz sentir os resultados nas contas de 2017 e se teme que isso prossiga em 2018. Portanto, é uma situação que não é passageira.
Para piorar os males, em 2018 espera-se incrementos na mão-de-obra, que curiosamente vão ser justificados nos resultados das grandes fornecedoras químicas e a melhora dos dados macroeconômicos do país. O setor industrial geral tem recuperado 10 pontos nas suas cifras desde 2017, mas continua em – 20% para este ano.
Apesar de que as empresas do setor se mostrarem em seu conjunto uma estrutura financeira sólida, segundo os dados obtidos do estudo, é necessário manter visíveis os efeitos da conjuntura real sobre o setor para evitar a deterioração desta situação.

Fonte: ASEFAPI, Asociación Española de Fabricantes de Pinturas y Tintas de Imprimir