Fernando Sanz. Presidente da EXPOenvién-ExpoPRINT
Fernando Sanz.
Presidente da EXPOenvién-ExpoPRINT

Organizada pela Alborum, editora da revista La Prensa, a terceira edição da EXPOenvíen vai decorrer, este ano, a 22 e 23 de outubro, em Madrid. A Feira de Mailing, Billing, Transpromo, Manipulados, Acabamentos, Marketing Direto, Gestão e Impressão Documental pretende ser um ponto de encontro de todo o sector, decorrendo em conjunto com a ExpoPRINT. A EXPOenvíen aliou-se à Expo- PRINT com o objetivo de oferecer ao mundo empresarial uma visão completa no campo da impressão, estendendo o conceito a tudo o que diz respeito a este sector, desde a impressão documental e comercial até à impressão transacional e mailing.
Neste âmbito, engloba o acabamento e manipulados, incluindo outras atividades, nomeadamente armazenamento, distribuição de papel e, atualmente, criação, design e elaboração de documentos para distribuição, em qualquer canal digital. O evento dá ainda espaço a diversos softwares de produção, nomeadamente de gestão de cor ou web to print, software de elaboração de documentos, arquivo e distribuição, e softwares de gestão de empresas, nomeadamente MIS e ERP.
Os serviços constituem outra das áreas em destaque no evento. Atualmente, as empresas recorrem regularmente a serviços de outsourcing pelos mais diversos motivos, seja pela rentabilidade ou por não dispor internamente de equipamentos necessários para determinados volumes de produção. Por esse motivo, a organização do certame, considerou que é possível e faz sentido reunir, numa mesma área de exibição, os fornecedores que oferecem equipamentos para empresas, bem como as empresas que oferecem serviços a outras empresas.
A Alborum apresenta as respostas às questões mais relevantes sobre o evento.

Por que motivo, este ano, a EXPOenvíen coloca mais ênfase na ExpoPRINT
A maioria dos eventos dedicados à impressão digital, em Espanha, dão destaque à impressão digital de grande formato e à sinalética. Também focamos a impressão digital, mas destacamos a documental, que na indústria gráfica é conhecida por impressão comercial. Isto engloba a impressão digital de folha e a impressão digital de bobina. A impressão digital não é apenas a impressão de cartazes em grande formato, existem muitos trabalhos que eram impressos em offset e que agora se imprimem com toner ou a jato de tinta.
Pode considerar-se que a EXPOenvíen- ExpoPRINT congrega todo o mercado gráfico?
Efetivamente, sem menorizar a sua vocação inicial, de unir o sector de mailing, faturação, marketing direto e marketing multicanal, este evento engloba tudo o que está relacionado com produtos que fazem parte da impressão digital de folha e bobina, nomeadamente a impressão de jornais e revistas, álbuns fotográficos, catálogos, folhetos, entre outros, abarcando a área de embalagem e etiqueta.
Esta edição apresenta alguma novidade em equipamentos, serviços ou produtos?
Embora o produto gráfico tradicional se mantenha no mercado, é cada vez mais personalizado e é nesse campo que a impressão digital comercial tem muito a contribuir. O produto gráfico aumentou a sua gama de acabamentos. Acreditamos que a impressão 3D é uma técnica cada vez mais próxima da indústria gráfica. A impressão 3D está a ganhar forma em grande parte devido à atividade industrial e a indústria gráfica não pode ficar alheia a este conceito uma vez que, afinal, os fornecedores de serviços de impressão são os que mais sabem de impressão e não deveriam permanecer indiferentes a este novo desafio e oportunidade de negócio que lhes é apresentado.
Isto significa, de alguma forma, que se está a alterar a essência da EXPOenvíen?
De todo. Estamos, antes, a apresentar mais atividade e maior oferta. É cada vez mais evidente que a atividade de faturação está cada vez mais concentrada em muito poucas empresas e que a atividade de impressão se está a resumir ao digital pelas empresas emissoras de faturação. Por outro lado, a maioria das empresas tem equipamentos mais ou menos sofisticados de impressão digital, como é o caso de equipamentos multifunções.
O que é uma Feira-Congresso Training?
Usamos este nome para diferenciar este certame das feiras que se focam nos equipamentos, como acontece, normalmente, com todas as feiras. Sem perder essa identidade, aliamos a informação e formação a tudo o que está relacionado com o documento, no fundo, tudo aquilo que na indústria gráfica é conhecido por impressão comercial.
Em que vão consistir as Session Training?
As Session Training são exposições de uma hora de duração, onde quatro especialistas vão abordar cada um dos temas propostos, para ampliar os conhecimentos nos stands dos apresentadores das Session Training.
As vertentes formativa e informativa têm por objetivo que os participantes adquiram conhecimentos semelhantes aos que obteriam num congresso, mas de uma forma personalizada. Cada sessão pretende mostrar como se faz um produto, ou quem o faz e como se comercializa.
Esta Feira-Congresso vai incluir stands e expositores?
Sim, com uma particularidade, não serão tão grandes como é normal nas feiras exclusivas de equipamentos. Os stands de dimensões mais reduzidas tornam mais fácil a visita a todos os expositores, portanto será mais produtivo o tempo de visita à EXPOenvíen-ExpoPRINT.
Em segundo lugar, e também de relevo, houve considerável redução do preço de participação, o que torna mais fácil, para o expositor, rentabilizar o capital investido.
Por que motivo o horário da EXPOenvíen- ExpoPRINT se concentra na parte da manhã?
A experiência tem-nos demonstrado que todas as feiras ficam quase vazias na parte da tarde. Consideramos que a abertura durante o dia inteiro é uma perda de tempo. No entanto, aumentámos o horário, adiantando a hora de abertura para as 9 horas e estendendo o encerramento para as 3 horas da tarde, o que nos permite oferecer um tempo de seis horas de atividade.
Que tipo de empresas e profissionais esperam receber, nesta edição?
Os mesmos dos anos anteriores. Esperamos uma participação seleta e mais extensa, devido à maior afluência de empresas gráficas. Em edições passadas contámos com cerca de um milhar de empresas, das quais à volta de uma centena foram grandes corporações, com uma grande procura de serviços relacionados com impressão digital comercial.
Quanto aos profissionais, esperamos manter os mesmos critérios registados em edições anteriores, onde cerca de 50 por cento dos visitantes pertenciam à administração (proprietários, gerentes e diretores comerciais) com capacidade de decisão e compra, e cerca de 20 por cento eram diretores (de produção e de marketing, entre outros), com elevada capacidade de decisão e de compra.
É uma contradição que coexistam, na área de exposição, empresas que oferecem equipamentos, concretamente de impressão digital e acabamentos, com empresas que oferecem serviços destinados ao grande público empresarial?
Ainda que à primeira vista possa parecer contraditório, isso não se verifica. Todas as empresas, sem exceção, contam com pelo menos um equipamento de impressão digital, seja de dimensão maior ou mais pequeno, e necessitam de outros equipamentos de acabamento e de outros serviços a que não conseguem dar resposta. Por exemplo, muitas empresas geram mailing de curtas tiragens e precisam do equipamento necessário para essa atividade. No entanto, quando o produto é de grande volume acabam por necessitar de recorrer a vários canais, procurando empresas especializadas para esse efeito.
Pode considerar-se esta feira como a montra ideal, tanto para quem oferece equipamentos como para quem oferece serviços?
Esta é uma feira-congresso que tem a virtude de permitir a convivência de ambos os mundos, porque ambos necessitam um do outro. As empresas são simultaneamente fornecedoras de serviços e consumidoras de equipamentos para, internamente, responder às suas necessidades. O limite está normalmente marcado pelo volume ou pela necessidade pontual de se concentrar no seu core business. Um exemplo pode também ajudar a esclarecer esta última situação, um fornecedor de cartões de identificação para uso interno de uma corporação pode ter excesso de capacidade de produção e oferecê-la ao mercado. Deixa, assim, de ser estritamente um comprador de máquinas para uso interno, para se tornar num fornecedor de serviços a empresas externas.