Equipe Two Sides

Segundo a Empapel – associação que reúne empresas do setor – 67% das embalagens brasileiras de papel e papelão ondulado são produzidas com matéria-prima reciclada. No entanto, não é possível a utilização apenas das fibras recicladas. Sempre é necessário acrescentar certa quantidade de fibras virgens.

Embalagens de papel

No Brasil, todos os dias são plantadas, em média, cerca de um milhão de árvores para a produção de diversos produtos da madeira. O Brasil tem 9 milhões de hectares de árvores cultivadas, dos quais cerca de 3,2 milhões se destinam ao suprimento de matéria-prima renovável para as indústrias de celulose, papel, cartão e papelão. Não se usam árvores nativas para essa finalidade, como muitos pensam.

Para cada hectare cultivado, o setor brasileiro que tem por base árvores cultivadas conserva pelo menos 0,7 hectare de ecossistemas nativos. No setor de celulose e papel há empresas que chegam a manter um hectare nativo para cada um cultivado. Via de regra, essa taxa de conservação é maior que a exigida pelo Código Florestal Brasileiro.

Por isso, não é correto supor que o uso de embalagens feitas de papel, cartão e papelão promove o desmatamento. Ao contrário, a escolha por embalagens feitas a partir da celulose favorece a preservação dos ecossistemas nativos e sua biodiversidade.

As ações mais comuns que causam o desmatamento e a degradação severa das florestas são atividades agrícolas e de pecuária – quando praticadas à margem da legislação ambiental -, extrativismo ilegal de madeira e de minérios, expansão de infraestrutura e incêndios.

As indústrias brasileiras de papel e celulose estão comprometidas em usar apenas madeira de árvores que foram cultivadas e manejadas com responsabilidade ambiental. Todas os membros de Two Sides Brasil – do setor de celulose e papel – são certificados FSC ou PEFC, selos que atestam o respeito ao meio ambiente e às comunidades do entorno.

Um levantamento realizado pela consultoria Luvi One – citado em matéria na “Folha de São Paulo” de 29 de agosto de 2021 – mostrou que das empresas brasileiras listadas na bolsa de valores, poucas têm metas objetivas visando seu compromisso com a agenda ambiental. No entanto, o setor de celulose e papel é o que tem o melhor posicionamento, com o maior conjunto de metas que caracterizam um compromisso com a sustentabilidade.

Além de proteger as florestas nativas, a biodiversidade também é beneficiada. Segundo a Ibá – associação das Indústrias Brasileiras de Árvores – das espécies brasileiras ameaçadas de extinção, 38% dos mamíferos e 41% das aves são encontradas nas áreas sob responsabilidade dessas empresas. Das 1.924 espécies de aves identificadas como existentes no Brasil, 985 são avistadas nesses locais. Isso se deve principalmente à conservação de ecossistemas naturais, à criação de corredores ecológicos que favorecem a conectividade bem como às boas práticas de manejo e colheita florestal. Two Sides defende o desenvolvimento sustentável. Em consequência, não estimula qualquer desperdício ou consumo desnecessário. Com essa ressalva, Two Sides acredita que a escolha por embalagens celulósicas tem evidentes vantagens para a circularidade da economia. Essas vantagens têm impulsionado diversas empresas líderes globais a buscarem a substituição de outros materiais por papel, cartão e papelão. Pesquisas vêm sendo realizadas para o desenvolvimento de soluções que permitam ampliar essa participação como, por exemplo, vernizes para impermeabilização que não prejudiquem a reciclagem ou que sejam biodegradáveis.