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Reinhard Mohn
Aprender com o mundo
Editora Temas & Debates

De uma empresa moribunda, saída dos escombros da II Guerra Mundial, Reinhard Mohn conseguiu erguer um império editorial que veio dar origem ao amplamente conhecido Círculo dos Leitores. Uma visão empresarial baseada no humanitarismo e na colaboração foram os fatores- chave para o sucesso da empresa, conta o magnata alemão, no seu livro autobiográfico, recomendado pela La Prensa.
Entre considerar os seus funcionários como o verdadeiro pilar do sucesso da empresa, e apontar para as diferenças culturais entre os países como um fator de unidade e enriquecimento, o magnata alemão Reinhard Mohn baseou toda a sua atividade profissional no respeito pelos outros, o que considerou ter sido o fator determinante para o sucesso que alcançou.
No seu livro autobiográfico, Reinhard Mohn, falecido em 2009, aos 88 anos, responsável pelo sucesso da editora Bertelsmann e fundador do amplamente conhecido Círculo dos Leitores, não se cansa de sublinhar que negócios não podem ficar dissociados do humanismo, e a sua visão ética empresarial tornou-se num exemplo de gestão e liderança para todos os empresários. «O capitalismo de raiz ocidental só pode ter sucesso se der atenção aos princípios fundamentais do humanitarismo. A Bertelmann provou-o», sublinha.
Reinhard Mohn fez da Bertelsmann, uma editora média em ruínas, fruto da II Guerra Mundial, num grupo empresarial internacionalmente reconhecido. Em todo o seu percurso na direção da empresa, Mohn apostou fortemente numa colaboração estreita com os seus funcionários, que entendia como parceiros e percebeu que o motor do progresso empresarial passava por motivar pessoas, conferindolhes também liberdade e responsabilidade. «Já nas normas de serviço de 1960 me pronunciava a favor da delegação de responsabilidades, que considerava um dos alicerces mais importantes da cultura da nossa empresa», escreve no seu livro autobiográfico. «No centro de todas as nossas reflexões operacionais estão as pessoas. Servi-las é a principal prioridade da nossa empresa. Julgamos o nosso trabalho de acordo com o valor e o apreço que temos pelos nossos colaboradores», não se cansou de sublinhar.

Aprender com os outros

Como todos os rapazes alemães da sua geração, Reinhard Mohn foi obrigado a prestar serviço na Frente Alemã do Trabalho. Mobilizado para a guerra, terminou a sua desventura em África, onde se tornou prisioneiro, guardando para sempre a atitude digna do seu captor. «Essa experiência ficou profundamente gravada na minha memória. A integridade e a decência daquele homem são para mim um exemplo de humanitarismo, e isso sempre me passou diante dos olhos e acorreu ao meu pensamento, mais tarde, na minha vida, durante situações difíceis», conta. Reinhard Mohn encarou a prisão como uma oportunidade. Foi colocado no estabelecimento Concordia, projetado para a reeducação ideológica dos alemães, onde diz ter vivido os anos mais importantes da sua vida. «Foi no campo americano de Concordia para prisioneiros de guerra que aprendi pela primeira vez o que a democracia significava realmente!», conta.
No regresso a Alemanha viu-se obrigado a dar nova vida à moribunda empresa familiar, e dela fez uma companhia mundial de referência, tornando- se num dos 150 homens mais ricos do mundo, segundo a revista Forbes. O segredo do seu sucesso residiu precisamente na essência da palavra que mais defendeu: humanitarismo, tornando a responsabilidade social como fator chave para erguer a empresa e torná-la numa referência mundial. «Deixei bem claro que os melhoramentos futuros dos nossos métodos de trabalho deviam não só contribuir para a rentabilidade da nossa empresa, como também para o benefício individual de cada um», sublinha, no seu livro.
Mohn era um homem que sabia ler o mundo e cedo percebeu a riqueza da diversidade. «É mais do que tempo de, tanto a nível nacional como internacional, deixarmos para trás a perspetiva tacanha da ‘cultura de conflitos’ e de tentarmos chegar a uma visão comum da humanidade».
A sua forma de olhar para o mundo é uma lição para os dias de hoje. «A atual discussão sobre as fronteiras de soberania nacional face às catástrofes humanitárias, como os sismos e inundações no espaço asiático, abrenos os olhos para a questão da responsabilidade global, a que ninguém pode furtar-se numa época em que a informação é omnipresente», alerta num livro que a La Prensa recomenda vivamente a todos os empresários.

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5.ª Jornada Técnica Luso-espanhola La Prensa

Evento anual promovido pela revista La Prensa que já se tornou incontornável para os profissionais da indústria gráfica.
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7.º Encontro de Tipografia

O CIAUD – Centro de Investigação em Arquitetura, Urbanismo e Design da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa promove, de 24 a 26 de Novembro, a 7.ª edição do Encontro de Tipografia, sob o tema Rhythmus. «Toda a tipografia – clássica ou contemporânea, convencional ou experimental, formal ou informal, neutra ou expressiva, orgânica ou geométrica, delicada ou pesada, séria ou divertida – utiliza o ritmo para comunicar. Sem ritmo não podemos falar de tipografia», sublinha a organização, em comunicado. Durante três dias serão realizados workshops, sessões de apresentação dos projetos de investigação e conferências, num evento que pretende “apostar na divulgação da qualidade do design de tipos, da tipografia e da investigação nesta área em Portugal, assim como reforçar a presença de designers e investigadores internacionais».